terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Outra Face do Amor

Existe o amor romântico, idealizado nos moldes de Romeu e Julieta. Existe, porém, o amor cotidiano, do tipo marido e mulher, e, também, o amor desiludido, nos moldes da Princesa Diana.
amor romântico acredita no “para sempre”, é educado, cortês, meigo, quer se casar na igreja, declara-se em forma de poema, faz serenata, manda flores, chora baixinho e acredita, com todas forças, que a pessoa amada é a metade que faltava. O amor cotidiano, por sua vez, é menos colorido. Prefere a realidade e quase já não se lembra do “lado meloso”. Acorda de manhã, cedo, e vai trabalhar; volta à noite, toma banho e vai dormir. Só isso. Não se lembra mais da flor, nem do poema, e muito menos da serenata. “Vai levando”, como se diz na gíria. O “love” desiludido, por fim, não tem a ver com sonho nem com realidade, mas com uma espécie de vazio. É um pouco do que sentia Amy Winehouse, quando cantava “o amor é uma aposta perdida”:


Não estou querendo dizer que haja uma lógica nisto tudo. O romantismo, o cotidiano e a desilusão não se sucedem linearmente, partindo do maior para o menor ou vice-versa, pois, se assim fosse, haveria uma fórmula matemática definindo o movimento desta coisa, o que não é o caso aqui. O amor é complexo, intercalado, mutante – no mesmo dia pode se transformar em milhão de sentimentos contraditórios, em um bilhão de coisas inimagináveis, em um trilhão de perguntas sem respostas. Bukowski sabia disto:

2 comentários:

  1. "O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece" (Bukowski).

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