terça-feira, 18 de junho de 2013

Vamos Invadir o Congresso!

Os protestos transformaram-se em mais protestos. O povo tomou as ruas das capitais. A indignação, entalada na garganta, foi cuspida na cara.
Os meios de comunicação, a princípio, noticiaram que os manifestantes protestavam contra o aumento das passagens, entretanto, a reivindicação, que começou em São Paulo, se espalhou pelo Brasil, ganhou apoio internacional e, depois de cinco dias, dimensões revolucionárias. Quarenta mil pessoas nas ruas de Porto Alegre, sessenta mil em Brasília, cem mil no Rio de Janeiro – era muito mais do que tarifa de transporte.
Era um grito! Um grito contra a corrupção, contra a violência urbana, contra a péssima qualidade do ensino, contra a falta de saúde, contra o excesso de impostos, contra o aumento do custo de vida, contra o vazio de nós mesmos... um grito contra tudo e contra todos, um grito contra o medo, um grito pela vontade de gritar e ser ouvido: “Vocês não têm nada a perder a não ser as suas amarras” (p.65).
No noticiário das oito (20 hs) a revolução era transmitida ao vivo. De um helicóptero o câmera filmava Brasília, capital nacional da vergonha, antro da corrupção. Um outro câmera que estava em meio aos revolucionários abriu o áudio, o povo, sedento, gritava:
- Vamos invadir o Congresso!

[MARX & ENGELS. In: Manifesto do Partido Comunista. Editora: Avante! Lisboa, 1997, 76 pág.s].

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