sábado, 23 de agosto de 2014

Aécio jamais!

O candidato à Presidência da República, o tucano Aécio Neves, utiliza-se de argumentos falsos para atrair a simpatia do povo. Ele faz visitas a centros de reabilitação de acidentados, a comunidades carentes, a hospitais de câncer infantil e, nas imagens, aparece apertando a mão dos miseráveis, beijando as criancinhas, sorrindo para os aleijados, como se dissesse “eu sou um cara do bem, eu sou um cara que se importa com os outros”, o que é uma grande mentira!
Teoricamente, os partidos de direita não acreditam no social. Para eles, a ideia de evolução, de progresso, está inevitavelmente ligada à eliminação de resíduos, à eliminação daquilo que “não conseguiu” se adaptar às mudanças. É um pouco do que Darwin pensava a respeito das espécies selváticas, só que, devido aos interesses das classes dominantes, adequou-se isso à sociedade, ou melhor, para se entender o movimento da sociedade. Então, como era óbvio, concluiu-se: para que os mais fortes triunfassem, os mais fracos deveriam cair; não por maldade ou descaso, mas por ser o “movimento natural das coisas”. Um reducionismo estúpido, pois não é preciso ser nenhum filósofo para saber que existem diferenças monstruosas entre um crocodilo africano e um morador de São Paulo ou entre um urso polar e um nordestino.
Aécio é a imagem do cão, Maquiavel sabia disso: “[...] deves parecer clemente, fiel, humano, íntegro, religioso – e sê-lo, mas com a condição de estares com o ânimo disposto a, quando necessário, não o seres, de modo que possas e saibas como tornar-te o contrário” (p.85).

[MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Editora Martins Fontes, São Paulo, 2001, 5°ed.]

Um comentário:

  1. Ampliando o debate, vou transcrever algumas ideias de economistas brasileiros importantes, acerca das eleições presidenciais e do momento atual da nossa economia.

    Fernando Nogueira da Costa:

    A Dilma (além de ser minha ex-aluna) possui uma visão de estadista, colocando em andamento políticas públicas com grande repercussão: investimentos em energia (Pré-sal e Belo Monte), infraestrutura e logística (concessões em aeroportos, portos, rodovias e hidrovias), educação (Pronatec, ProUni, Fies), e saúde pública (Mais Médicos), além do combate à miséria (Brasil Carinhoso). Isto tudo mantendo a estabilidade inflacionária, e sustentando baixa a taxa de desemprego, constitui um bom governo para período de crise mundial.
    O Aécio é o candidato da “elite branca coxinha”! Neto de político, adotou essa profissão por herança familiar… Promete aos empresários “medidas impopulares” (desemprego para abaixar os salários e enfraquecer a barganha sindical) e seus apoiadores acham que a solução para problemas sociais é “baixar o cacete!”

    Maria da Conceição Tavares:

    Crescimento acelerado? Dificilmente se repetirá, diz ela. O “milagre econômico” ocorreu em um período de instalação da indústria. Depois de instalada, esses saltos econômicos não se repetem. Entretanto, não existe depressão à vista. O que existe é um terrorismo da imprensa mudando as expectativas empresariais.

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