No
topo da pirâmide o sistema capitalista possui banqueiros, empresários e
governantes que, respectivamente, necessitam, para a sua sobrevivência, de
juros, lucros e impostos.
Quanto maior for esta carga, pior é para o povo, que se encontra na base desta estrutura, na posição mais vulnerável.
Quanto maior for esta carga, pior é para o povo, que se encontra na base desta estrutura, na posição mais vulnerável.
No
jogo de interesses é óbvio que um banqueiro, com capacidade de empréstimos e
financiamentos, vale muito mais do que um
mero cidadão, é óbvio que um empresário, com capacidade de investir e gerar empregos, vale muito mais que um mero
cidadão, quer dizer, depois de eleito o governante não precisa mais do povo,
depois que as coisas se arranjaram e
que o total de votos necessário foi atingido, o sujeito simples, o motorista de
ônibus, o padeiro, o garçom, o Seu Zé, o Seu Chico, a Dona Maria, toda essa
gente comum desaparece, deixa de ser importante, e tudo passa a girar em torno
do bolo – com quem ficará a maior
fatia?
E
o que é pior: quando a população é ignorante e não participa, não procura se
envolver com as decisões do governo, quando o povo pensa que política "é só votar e deu" e que no mundo é "cada um por si e Deus por todos", aí então é que a sociedade vai
por água abaixo. A qualidade da educação piora, a violência aumenta, a
corrupção faz raíz... se o povo não se interessa por si mesmo, os poderosos
muito menos!
Por
isso é que um presidente com visão social
é imprescindível. Só assim, na hora de dividir o bolo, sobrará alguma coisa pra nós, os famintos.
Por
exemplo, numa sociedade onde haja altos índices de desigualdade social, isto é,
onde os ricos sejam bem ricos e os pobres bem pobres, aumentar os impostos sobre
a alimentação básica aprofundará o quadro de miséria, mas um governante sem visão social não pensa nisso, não se
importa com isso, pois, na cabeça de um homem elitizado, o pobre não é mais do
que um vagabundo que, tendo milhares de oportunidades de crescer na vida,
preferiu ser o que é.
O
homem não elitizado pensa o contrário. Este se sensibiliza com a tragédia do
povo e, ao invés de sacrificá-lo ainda mais, reduz os impostos sobre a cesta
básica (açúcar, arroz, feijão, óleo, leite), facilitando a vida do infeliz. E se o governante for esperto, ainda negocia com
o produtor “eu reduzo impostos, você reduz preços e aumenta o salário”. Com dinheiro a mais, o consumo, de um modo geral, aumenta, e a perda, decorrente da
diminuição de impostos, é minimizada pelo crescimento da economia.
Assim,
comem todos. Como diriam os debochados “sempre sobra um restinho”.
Uma música de Chico Buarque, intitulada O Malandro, retrata com bom-humor esta relação de empurra-empurra que existe por detrás dos panos e que, não por coincidência, sempre arrebenta em cima do mais fraco. "Pega ladrão, pega ladrão!"
Uma música de Chico Buarque, intitulada O Malandro, retrata com bom-humor esta relação de empurra-empurra que existe por detrás dos panos e que, não por coincidência, sempre arrebenta em cima do mais fraco. "Pega ladrão, pega ladrão!"
poucos com muito
ResponderExcluiralguns com muito pouco
a maioria sem nenhum
"A maior necessidade de um povo é ser governado; a sua maior felicidade, ser bem governado" (Joseph Joubert).
ResponderExcluir"Infeliz! Jamais saberá o que é ser jovem, porque nasceu banqueiro" (Palavras do Barão de Rotschild, diante do primeiro filho recém-nascido).
ResponderExcluir"De cada qual, segundo sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades"
ResponderExcluirMarx