Nem
todo mundo pensa. Parece brincadeira, mas é verdade. Algumas pessoas, por
hábito ou cultura, se acostumaram a viver sem refletir, simplesmente fazendo o
que todo mundo faz, simplesmente reproduzindo o que se aceita como ‘normal’.
Entretanto,
existe um outro grupo de pessoas (uma minoria) que, atuando ou não, utiliza-se
do pensamento para interpretar os fatos. O pensamento crítico, o pensamento
fantástico e o pensamento associativo são subdivisões deste ponto de vista. O
primeiro questiona, indaga, desconfia. Busca o fundamento das coisas, é
filosófico, é racional, é contrário, é rebelde, não aceita a normalidade. O
segundo é a própria imaginação, é a loucura, é o surrealismo, é uma ponte no
espaço, uma árvore no deserto, é o impossível sendo criado, enfim, não é a
imitação, é o diferente, nunca o igual. O pensamento associativo, por sua vez,
possui a incrível capacidade de relacionar uma coisa à outra – a Física à
História, o econômico ao político, a sociedade à Igreja, a paixão ao terrorismo
– mundos teoricamente separados, mas, que na prática, coexistem.
A
música Brigitte Bardot, do disco O Pirulito da Ciência (2009), gravadora Biscoito Fino, é uma obra-de-arte que
reúne em si as três formas de pensamento aqui expostas. Nesta canção, Tom Zé analisa o serumano atual.
"Mas ela mesma não podia ser um sonho
ResponderExcluirpara nunca envelhecer.
A Brigitte Bardot está se desmanchando
e os nossos sonhos querem pedir divórcio".
(Tom Zé)
"O nosso futuro como espécie depende em grande parte da capacidade que tivermos para cultivar o pensamento crítico — essa atitude que a ciência descobriu nos séculos XVII e XVIII e que a filosofia aprofundou nos séculos XIX e XX. Compete a cada um de nós, profissionais da ciência e da filosofia, divulgar não apenas os conteúdos próprios de cada uma das nossas áreas do conhecimento, mas também essa atitude que constitui o maior monumento alguma vez erguido por mão humana: o pensamento crítico e a inteligência clara".
ResponderExcluir(Desidério Murcho)