sábado, 27 de abril de 2013

Penso logo Existo?


Nem todo mundo pensa. Parece brincadeira, mas é verdade. Algumas pessoas, por hábito ou cultura, se acostumaram a viver sem refletir, simplesmente fazendo o que todo mundo faz, simplesmente reproduzindo o que se aceita como ‘normal’.
Entretanto, existe um outro grupo de pessoas (uma minoria) que, atuando ou não, utiliza-se do pensamento para interpretar os fatos. O pensamento crítico, o pensamento fantástico e o pensamento associativo são subdivisões deste ponto de vista. O primeiro questiona, indaga, desconfia. Busca o fundamento das coisas, é filosófico, é racional, é contrário, é rebelde, não aceita a normalidade. O segundo é a própria imaginação, é a loucura, é o surrealismo, é uma ponte no espaço, uma árvore no deserto, é o impossível sendo criado, enfim, não é a imitação, é o diferente, nunca o igual. O pensamento associativo, por sua vez, possui a incrível capacidade de relacionar uma coisa à outra – a Física à História, o econômico ao político, a sociedade à Igreja, a paixão ao terrorismo – mundos teoricamente separados, mas, que na prática, coexistem.
A música Brigitte Bardot, do disco O Pirulito da Ciência (2009), gravadora Biscoito Fino, é uma obra-de-arte que reúne em si as três formas de pensamento aqui expostas. Nesta canção, Tom Zé analisa o serumano atual.



2 comentários:

  1. "Mas ela mesma não podia ser um sonho
    para nunca envelhecer.
    A Brigitte Bardot está se desmanchando
    e os nossos sonhos querem pedir divórcio".

    (Tom Zé)

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  2. "O nosso futuro como espécie depende em grande parte da capacidade que tivermos para cultivar o pensamento crítico — essa atitude que a ciência descobriu nos séculos XVII e XVIII e que a filosofia aprofundou nos séculos XIX e XX. Compete a cada um de nós, profissionais da ciência e da filosofia, divulgar não apenas os conteúdos próprios de cada uma das nossas áreas do conhecimento, mas também essa atitude que constitui o maior monumento alguma vez erguido por mão humana: o pensamento crítico e a inteligência clara".

    (Desidério Murcho)

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