As estatísticas mostram que sem a greve os bancários hoje
estariam “comendo o pão que o Diabo amassou”.
Nos anos do governo FHC, quando o movimento não possuía
ainda uma unidade sólida, as perdas reais de salário foram significativas, mais
na esfera pública do que na privada:
CAIXA ECONÔMICA
PERÍODO
|
REAJUSTE
|
INFLAÇÃO
|
GANHO
REAL
|
1995-2002
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26,94%
|
82,49%
|
-55,55%
|
BANCO DO BRASIL
PERÍODO
|
REAJUSTE
|
INFLAÇÃO
|
GANHO
REAL
|
1995-2002
|
33,7%
|
82,49%
|
-48,79%
|
BANCOS PRIVADOS
PERÍODO
|
REAJUSTE
|
INFLAÇÃO
|
GANHO
REAL
|
1995-2002
|
72,8%
|
82,49%
|
-9,49%
|
Como se observa, houve uma forte redução nos salários reais
da categoria. No caso da CAIXA, em especial, o poder de compra de seus
funcionários foi reduzido em mais da metade durante os anos de neoliberalismo,
quando se pregava o “Estado mínimo” na economia. Esta tendência só se inverteu
quando a Esquerda assumiu o poder, em 2002, com Lula e, principalmente, quando
os bancários, indignados, se unificaram e, a partir de 2003, passaram a fazer
greve nacional, de grande repercussão, conduzida por uma “mesa única” de
negociações. Não por acaso, a partir de 2004, a categoria deu guinada nos
reajustes e, há nove anos, conquista aumentos reais:
BANCOS PRIVADOS, BANCO DO BRASIL E CAIXA
PERÍODO
|
REAJUSTE
|
INFLAÇÃO
|
GANHO
REAL
|
2004-2012
|
61,0%
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49,25%
|
+11,75%
|
As coisas funcionam assim, quem não se organiza, quem não
reivindica os seus direitos, acaba ficando sem eles. Veja o exemplo dos
carteiros, veja o exemplo dos professores, veja o exemplo dos policiais
militares, gente que trabalha que nem bicho pra ganhar um salário de fome.
Graças a Deus a Constituição nos permite a greve. Graças a
Marx e suas idéias revolucionárias de mobilização da classe trabalhadora, hoje
temos direito de receber um salário melhor ou de, no mínimo, reivindicá-lo. Pra
mim, as palavras do filósofo alemão soam tão atuais quanto os apelos midiáticos
das inovações tecnológicas recentes: “Proletários do mundo, uni-vos!”.
[Fonte: www.sindbancarios.org.br]
Dados do Banco Central mostram que, de 2003 a 2011, o lucro do sistema bancário cresceu 250%.
ResponderExcluirDe que maneira o lucro dos bancos é dividido? Entre 2006 e 2012, 23% foi para o governo, em forma de impostos, 47% para os acionistas e apenas 37% ficou com quem realmente trabalha. Isso é justo?
A História nos mostra que a Direita é inimiga do povo. Durante o governo FHC a classe dos bancários e tantas outras classes foram surrupiadas. Só com um governo de Esquerda, com Lula, a partir de 2002, é que as coisas começaram a mudar... Meus colegas me dizem que na época do Fernando Henrique quem fazia greve era ameaçado com demissão e que, se a Direita vencesse as eleições de 2002, os bancos estatais seriam privatizados. Você já imaginou o Brasil sem o IBGE? sem a CAIXA? sem a PETROBRÁS?
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