quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Deus existe?

Filosoficamente esta é uma pergunta que já foi respondida. Desde o Renascimento, quando o homem deixou de acreditar que os governantes eram eleitos pela Divina Providência, esta questão é feita e refeita através dos tempos. A resposta, como se sabe, varia em gênero, número e grau, devido à subjetividade do assunto. Uns dizem que existe, outros dizem que não. Mas isto pouco importa.
Pensar é um ato que, por si só, não resolve nada. A vida das pessoas não irá mudar se Deus deixar de existir, porque, bem ou mal, a Igreja existe, a fé existe, a Bíblia existe, o Alcorão existe, Gandhi existe, os templos budistas existem e continuarão a existir na vida das pessoas, na sociedade e na História, isso é fato! Não há força capaz de reverter isto – nem a bomba nuclear, nem o terrorismo, nem a Ciência – nada é capaz de apagar a “ideia de um ser supremo”. Ou seja, a pergunta “Deus existe?” deixou de fazer parte da filosofia produtiva a muito tempo.
Em termos de Sociologia, porém, este questionamento é válido. Mas a pergunta deve ser feita de outra maneira. Ao invés de “Deus existe?”, deveria ser “Levando-se em consideração um mundo repleto de diferenças, de que modo construir uma sociedade justa, sustentável, produtiva e pacífica?”

Penso que o homem é corruptível. Basta lhe dar poder – então ele vai se achar mais importante do que os outros e vai querer manipular o rumo das coisas a seu favor. Não é assim? Neste sentido, não há filosofia que supere a da Bíblia: “No suor do teu rosto comerás o pão, até que voltes ao solo, pois dele foste tomado. Porque tu és pó e ao pó voltarás” (p.10).

[Bíblia Sagrada. In: Gênesis 3:19] 

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