Francisco prometeu um papado para os pobres. Prometeu e com
menos de um mês à frente do Vaticano já implementou mudanças – senão
substanciais, pelo menos significativas – que atestam o seu caráter
teórico-prático. (Diga-se de passagem, a espécie de caráter dos grandes
personagens da história universal).
Ainda como bispo de Buenos Aires, Bergoglio costumava abandonar
as belas dependências da arquidiocese argentina para ir de encontro aos pobres,
nas vilas. Uma postura pouco comum, mesmo no meio da fé - geralmente os
detentores de altos cargos preferem um ‘governo de gabinete’. A naturalidade
com que se comunica o Papa também destoa. Ele ri, quebra protocolos, conta
histórias, rompendo com aquela tradicional postura rígida e calculada ‘dos
eleitos’.
Dizem que Bergoglio teria se assustado com o tamanho e com
a suntuosidade da residência papal. “Aqui poderiam viver 300 pessoas” – e riu.
Optando por morar num espaço bem menor. Também abriu mão do anel de ouro,
preferindo o de prata, e do trono, preferindo a cadeira.
Assim, leitores, se constrói Francisco, com belos
discursos, sim, mas principalmente, com gestos de humanidade, conforme esta na
Bíblia: “Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto,
sentou-se de novo e perguntou: ‘Vocês compreenderam o que eu acabei de fazer?
Vocês dizem que eu sou o Mestre e o Senhor. E vocês tem razão; eu sou mesmo. Pois
bem: eu, que sou o Mestre e o Senhor, lavei os seus pés; por isso vocês devem
lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei um exemplo: vocês devem fazer a mesma
coisa que eu fiz. Eu garanto a vocês: o servo não é maior do que o seu senhor,
nem o mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Se vocês compreenderam
isso serão felizes se o puserem em prática’” (João 13: 12-17; Edição
Pastoral, 2010).
Dias depois de eleito, Bergoglio surpreendeu o telefonista de uma ordem jesuíta em Roma, ao ligar pessoalmente querendo falar com um padre amigo e anunciando-se ao atendente - nunca outro Papa fez ligações telefônicas que não por meio do secretário - ouvindo de volta: "Você é o novo Papa? Ah sim, e eu sou Napoleão!
ResponderExcluirO Papa disse que Deus perdoa tudo,
ResponderExcluirÉ romântico,
É democrático,
É relativista,
É permissivo,
É frouxo,
Mas não é verdade...
Deus não perdoa tudo!
Deus não é moldável!
Albano Morais
J.Nunez