domingo, 31 de maio de 2015

Mãos Dadas

Prezados leitores,
o blog Uma Opção para Refletir entrará em recesso. Estou envolvido num projeto de livro que está previsto para terminar em agosto de 2015, logo, em função da necessidade de buscar inspiração, de organizar os poemas (já que o livro é de poesia), de digitá-los, de produzi-los, enfim, em função de estar concentrando esforços neste projeto não tenho conseguido me dedicar corretamente para o blog; além disso, fui pai recentemente e a minha vida familiar também tem me ocupado um pouco mais do que de costume.
Não pretendo encerrar minhas atividades como blogueiro, apenas preciso de um tempo para me reorganizar. No futuro – daqui um mês ou daqui dois anos, não sei – planejo criar um site mais incrementado, com diversas páginas, onde as ideias viriam com mais opções de formatos – vídeos, cartoons, poesias, artigos, crônicas – favorecendo a interatividade com o leitor. Mas, para isso, preciso estudar, tanto Web Designer quanto Ciências Humanas, Literatura e áreas relacionadas.
Estou com alguns livros pendentes de leitura, livros que eu comprei a algum tempo, mas que, pela rotina apertada do dia-a-dia, não pude ler; entre eles, estão, em termos de Literatura, A Náusea, de Jean Paul Sartre, Extensão do Domínio da Luta, Michel Houellebecq, e Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu; em termos de Sociologia, Tudo que é Sólido Desmancha no Ar, de Marshall Berman; e, em termos de Economia, O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty.
Por fim, gostaria de lhes propor uma breve reflexão, extraída do poema Mãos Dadas, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1940 - poema esse que, por um motivo ou por outro, soa muito atual. O poeta, numa perspectiva humanista, adquire uma responsabilidade coletiva diante dos acontecimentos, se torna questionador, atuante e passa a deplorar o fato de as pessoas manterem olhos cerrados para o mundo, a ponto de permitirem a violência – a Segunda Guerra Mundial batia à porta da Europa – então ele diz, como se soubesse o que devia ser feito, não só naquela época, mas também agora: “O presente é tão grande, não nos afastemos/ Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”.

Até logo,
Diego.

Nenhum comentário:

Postar um comentário